Ordem «One-Cancels-the-Other» (OCO) – Uma Ordem para Dois Resultados

 Às vezes na vida só se pode ter uma coisa ou outra e não as duas ao mesmo tempo. Ou está sol lá fora ou nublado a chover. Os dois é que não pode ser. Agora suponhamos que tem $ 20. Decide gastá-los num guarda-chuva se chover ou em óculos de sol se estiver soalheiro. Está preparado para ambos os cenários possíveis, mas só um se concretizará. Se estiver sol lá fora, recebe os óculos de sol, mas não o guarda-chuva e vice-versa.

Se aplicarmos esta analogia aos mercados financeiros, poderá entender melhor a ideia por detrás de uma ordem «one-cancels-the-other» (OCO).

Com esta ordem de negociação, o investidor cria um plano se o ativo que está a negociar subir ou descer de valor.

O que é uma ordem «One-Cancels-the-Other» (OCO)?

Simplificando, uma ordem OCO é exatamente aquilo que parece. É uma instrução dada pelo negociador para forçar automaticamente a paragem de uma ordem de mercado se a outra atingir a meta primeiro. Normalmente, temos dois tipos de ordem: a ordem «stop-loss» e a «take-profit».

Uma ordem OCO é uma ordem condicional. Se uma ordem for concretizada, a ordem correspondente será automaticamente cancelada. As ordens duplas (geralmente uma ordem de paragem e uma ordem de limite) estão disponíveis na maioria das plataformas de negociação baseadas na nuvem. Quando uma negociação atinge o preço de paragem ou de limite e a ordem é executada, a outra ordem associada é automaticamente cancelada.

Então, porque deve o negociador usar uma ordem OCO?

Muitos negociadores usam ordens OCO para minimizar o risco quando abrem uma posição.

No entanto, o motivo mais habitual para as ordens OCO é porque se trata de uma boa estratégia de saída. Por exemplo, se o negociador tiver uma posição aberta num ativo que acredita que vai descer de preço, pode usar a OCO para lucrar se de alguma forma o preço subir, enquanto nessa mesma ordem, também pode vendê-lo se descer até um nível pré-determinado. O que ocorrer primeiro é a ordem que será executada.

Exemplo de OCO

Se a Tesla está a ser negociada a $ 100 e o investidor achar que o fabricante de veículos elétricos irá desvalorizar-se, pode definir uma ordem tradicional de «stop-loss» para vender a $ 99 para minimizar as perdas. Mas com uma ordem OCO, pode configurá-la para vender a $ 99 e, ao mesmo tempo, para vender a $ 101. Neste último cenário, o investidor obteria lucro. E embora no primeiro cenário o investidor tivesse sofrido uma perda, pelo menos a ordem OCO deu-lhe o potencial de ter lucro com ações em mercado «bear». O cenário que se concretizar primeiro é como a ordem terminará.

«Take-profit» por oposição a «Stop-loss»

No entanto, mesmo que o ativo que estiver a negociar não esteja em mercado «bear», muitos negociadores usam ordens OCO com a mesma finalidade. Isso é porque é possível pré-determinar dois resultados diferentes. O investidor pode aproveitar os lucros se o valor do ativo subir. É a chamada ordem «take-profit». Ao mesmo tempo, a ordem pode ser usada para mitigar o risco, se o preço descer. É o que se chama uma ordem «stop-loss».

Outro cenário em que um investidor pode usar uma ordem OCO é para comprar se um ativo atingir um nível de preço pré-determinado no futuro e também vender se esse mesmo ativo atingir um nível de preço pré-determinado no futuro. Cada um dos dois resultados potenciais pode ser definido com um clique numa ordem OCO. Esta estratégia é frequentemente usada com ações mais voláteis em que os níveis de preços tendem a flutuar drasticamente.

Em síntese

Quando uma ordem é executada, a outra é automaticamente cancelada. Tão simples como isso. Como observámos, infelizmente, não pode fazer e sol e chuva ao mesmo tempo lá fora. Mas se aplicar os princípios de uma ordem OCO, pode ainda assim tirar proveito de cada resultado potencial.

E embora os investidores inteligentes esperem que as suas ações se valorizem, põem também um plano em prática caso isso não aconteça. Normalmente, esse plano é uma ordem OCO.

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